Oieeeeeeeeeeeeeeeee tudo bom com vocês???
Eu sou Maria Luísa e sejam bem-vindos a mais uma resenha!
Como última leitura do ano, eu queria um livro que contasse uma história real, então optei por Os sete últimos meses de ANNE FRANK, e é dele que vou falar hoje!
Resumindo a história trágica da Anne...
Bom, para quem não conhece a história, Anne Frank viveu no período da Segunda Guerra Mundial, e foi convocada, por ser judia, para ir para os campos de concentração, junto com seu pai Otto, sua mãe e sua irmã Margot. Sua mãe foi a primeira a morrer, deixando suas duas filhas sozinhas, já que esses campos eram divididos por masculino e feminino.
Depois, Anne e Margot ficaram muito doentes, e um dia depois da morte de Margot, Anne morre, faltando duas semanas para a guerra acabar.
Anne Frank fica muito conhecida quando o seu pai, Otto Frank, sai do campo vivo e escontra o seu diário, e o publica.
Sobre o livro...
O livro são relatos de seis mulheres judias sobreviventes que conviveram junto com a Anne,ou que só viu seu corpo morto, ou que viviam no mesmo galpão, ou que eram amigas desde mais novas.
Cada uma conta a sua história, e de acordo com elas, dá para ter uma noção de como foi a vida da Anne a partir do momento em que entra no campo de concentração e para de escrever em seu diário.
Classificação...
Demorei muito para ler esse livro por não ter muita paciência, devi admitir...Porque são relatos de seis mulheres que sobreviveram nos campos trabalhando, que contam sua vida, mas praticamente é a mesma coisa, só que em visões diferentes
O livro é muito especial, gostei muito!
Pensei que ia chorar, pois sou muito chorona com os livros, mas apenas alguns trechos que me fizeram emocionar, que foram:
"Sempre considerei aquela dia sendo o dia mais lindo da minha vida: alongar-se e sentir o corpo e, com o rosto virado para o Sol, ser tomada pela sensação de que tudo havia acabado, de que eu tinha sobrevivido. Era simplesmente impossível entender tudo aquilo, o sentimento intenso de felicidade se espalhando pelo seu interior porque você tinha sobrevivido, e eles, ido embora.Era impossível pensar em outra coisa.E quer saber o que fizemos? Aquelas pilhas de areia ao lados dos galpões, aquelas que tínhamos que montar com tanta precisão, ajustamos e ajeitamos com as mãos...E pulamos em cima delas." Bloeme Evers-Emden (página 153)
"Atrás das montanhas: Vi os pássaros voando livres, e meus pensamentos voaram com eles, planaram sobre a cerca de arame farpado, e atrás das montanhas, até o apito soprar.Eles nos chamam enquanto fico parada, em pé.Então, a cada dia vejo o Sol se pôr outra vez, e, em meus pensamentos, desço com ele, atrá das montanhas, à minha terra natal, estas duas linhas são do mesmo verso. A segunda precisa de recuo e faço uma prece pela paz" Ronnie Goldstein-van Cleef (página 218)
"Como posso encontrar tranquilidade? Anos depois, o tumulto dos homens ressoa, o estalar de seus chicotes, Acima das pessoas sendo empurradas, e o bater das palmas, gritos de angústia. Vi tantos sofrerem uma morte desesperada, do outro lado da estrada de terra, na qual p´´es enfraquecidos arratavam-se até o portão.A fumaça não fala, das chaminés ela escapa, sem forma, suspensa, e é levada pelo vento, com seus ossos roubados. Desde então, apesar de roupas, estou nua, e continuo exposta a sinônimos. Por isso, não existe alívio interior, os chicotes ainda estalam, nos momentos mais inesperados, as imagens ressurgem frias, amareladas, cinzas da fumaça e duras como a morte, à noite, quando quero dormir." Ronnie Goldstein-van Cleef (página 223)
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